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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Hoje vou falar de sentimentos.

Quando nascemos somos incompletos e precisamos do outro para sobreviver. Um animal, algumas horas após o nascimento já está dando os primeiros passos, enquanto um ser humano leva meses para começar a se sentar, e depois engatinhar, ficar em pé apoiando-se em móveis e, finalmente, a andar. O mesmo longo processo para começar a falar, tomar decisões sozinho e assim por diante...
O fato é: precisamos do outro para nos tornarmos humanos. Dessa relação depende nossa existência e nossa capacidade para a identificação com o outro ...
Entretanto, segundo o grande gênio da psiquê humana, Sigmund Freud, a relação humana é um dos três motivadores de nossas desgraças - os outros dois são as tragédias naturais e as doenças físicas.
Então não é a toa que dizem que o amor às vezes machuca - e muito! Será por isso que as pessoas o tem evitado?
Hoje estamos inseridos na Geração Y - um termo dos lacanianos que descreve a subjetividade dos indivíduos nos dias atuais. Essa geração tem o lema de "pegar, mas não se apegar" na minha humilde opinião. Mas será que estamos preparados psiquicamente para essa independência emocional do outro? Ou seria mais um mecanismo desse "Admirável Mundo Novo" para não perdermos tempo valioso de produção com as questões sentimentais?
Será, então, à toa que estamos em um mundo de - aparentemente - depressivos? Ou até este termo foi  criado para vender medicamentos, e o que estamos na verdade é nos tornando emocionalmente fracos,deliberadamente, ao evitar nos envolver com o que é humano?
Quando digo a palavra envolvimento me refiro a algo profundo que envolve paciência, tempo, aceitação das diferenças e aprendizado com os diferentes graus de maturidade.
Cada um sabe de si, mas parece um pouco paradoxal as pessoas dizerem que desejam um amor de verdade quando procuram fugir dele quando o encontram. Ou quando se envolvem sempre com os mesmos padrões de pessoas, que na verdade trazem escrito em suas testas em letras garrafais em neon: VOU TE MAGOAR.
Se sou do tempo da geração X e estou falando besteira, quero uma máquina do tempo agora. Porque fazer parte desse mundo que não valoriza a cumplicidade e a amizade acima da atração e das ilusões definitivamente não é pra mim.
Agora, se alguém concorda, divulgue essa ideia, e vamos tentar nadar contra a corrente felizes da vida por estarmos verdadeiramente sendo humanos. Porque o humano depende do outro e fingir que isso não é verdade é suicídio emocional.
L.T.F.F.

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